setembro/22
Mity Dias é artista nascida e criada no Capão Redondo, SP. Conheceu a arte através do graffiti. Foi migrando e conhecendo outras vertentes artísticas até se encontrar na ilustração digital. Atualmente trabalha em projetos de quadrinhos, publicidade e editorial.
Foto: arquivo Mity Dias
. No projeto Dois e Meio Convida chamamos artistas de diversos estilos para imprimirem uma de suas artes em processo Fine Art. (clique aqui para conhecer o projeto)
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Dois e Meio O que mais tem motivado sua criação artística? Mity Ultimamente têm sido artistas independentes que retratam a realidade e estética brasileira. Mas desde sempre me motivo muito com filmes e séries, que é uma paixão que tenho desde pequena.
Dois e Meio Como é a sua rotina de trabalho? Mity Atualmente eu trabalho freelancer, então sou eu que preciso organizar meu fluxo de trabalho, entregas e etc, o que pode ser um pouco desesperador já que não sou a pessoa mais organizada do mundo, mas um passo de cada vez. No tempo livre eu foco em projetos pessoais ou estudos.
Arte: Mity Dias
Dois e Meio Lembra do primeiro trabalho de arte/artista que te marcou na infância? Mity Na infância mesmo não era ninguém em específico mas sim algo: eu sempre amei as animações 2d da Era Experimental da Disney. Lembro de chegar da escola, ou acordar bem cedo no fim de semana pra assistir os filmes (graças ao famoso gatonet).
Dois e Meio Como foi sua experiência com o ensino de arte na escola? Mity Até engraçado lembrar por que eu não gostava muito. Talvez por ser uma matéria que era sempre deixada de lado por não ter “muita importância” na grade escolar, o conteúdo era bem fraco. Mas era uma das poucas matérias que eu conseguia parar por horas e fazer os exercícios sem reclamar ou me sentir menos inteligente. E só tive aulas de artes até o ensino fundamental, acredito que se tivesse no ensino médio também eu teria escolhido seguir profissionalmente na área artística bem mais cedo do que comecei.
Foto: arquivo Mity Dias
Dois e Meio Na sua opinião, qual a importância do ensino de artes na escola? Mity Acho um erro não investirem mais nisso. Principalmente hoje em dia que não é mais um tabu trabalhar com arte, que sabemos que é possível viver disso. Arte é transformadora e pode mudar vidas.
Dois e Meio Quais trabalhos que mais gostou de fazer? Mity Difícil escolher, mas gostei muito de fazer a Carolina Maria de Jesus pra expor no Theatro Municipal. E também ilustrar algumas matérias pra revista SPerifa.
Dois e Meio Quais as principais dificuldades de trabalho enquanto artista independente? Mity Acho que o estudo primeiramente. A gente sabe que é possível aprender por conta própria, mas é muito mais difícil e um processo mais lento do que se tivéssemos a chance de bancar cursos e aulas desde o começo. E a partir daí a oportunidade. O artista independente (principalmente não brancos e periféricos) precisa saber 10x mais pra conseguir o que o oposto deles conseguem com o básico.
Dois e Meio Foi a alguma exposição memorável que queira compartilhar? Mity A que sempre fica na memória foi a expo Jamaica Jamaica que rolou no Sesc 24 de maio há uns anos atrás. Apesar de ser mais focado na música, foi um prato cheio de inspiração pra quando comecei a desenhar de fato.
Dois e Meio Você conhece o processo de impressão Fine Art? Já tinha impresso uma arte sua nesse ou em outro tipo de processo? Mity Conhecia por nome e inclusive vocês do Dois e Meio foi a primeira referência de Fine Arte que acompanhei pra saber mais. Mas nunca havia impresso, já tô mega ansiosa pra ter os meus em mãos!
Dois e Meio Você pode falar um pouco sobre a arte que enviou para o projeto Dois e Meio Covida? Mity Essa arte é uma das minhas preferidas. É referência à Akira, um dos meus filmes favoritos e talvez principal fonte de inspiração quando entro em bloqueio criativo. No desenho quis puxar um pouco a estética para a nossa realidade.
Arte que Mity Dias enviou para o Dois e Meio Convida
Foto: Ateliê Dois e Meio
Impressão da arte de Mity Dias na Dois e Meio Foto: Ateliê Dois e Meio
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